Como fazer o uso adequado de repelentes em crianças

Dermatologista aponta recomendações importantes para a prevenção de doenças

Com a loucura do verão e a variedade imensa de doenças de surgem/retornam à cada ano, cuidados com a saúde são necessários. Trouxemos este post com informações sobre como fazer o uso adequado de repelentes em crianças (e em adultos também).
Lembre-se sempre, se for à uma área de risco esteja vacinado. Leve repelentes e inseticidas. Todo cuidado é pouco quando diz respeito à nossa vida.

Durante o verão surgem algumas preocupações para os pais, entre elas, a proteção contra os mosquitos através dos repelentes, já que nesta estação a incidência de insetos é mais alta. Os mosquitos, além de oferecerem risco de reações alérgicas através de suas picadas, podem transmitir doenças, como os casos de febre amarela e dengue.

“Como devo escolher e como aplicar o produto adequadamente em meu filho?” esta é uma dúvida frequente em nosso consultório, para isso, preparei algumas dicas e recomendações para os papais, que estão certos de se preocuparem, pois existem restrições importantes para a preservação da saúde dos pequenos” afirma Dra. Samantha Talarico, Dermatologista e membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).

É recomendado que os repelentes sejam utilizados em locais com maior incidência de mosquitos, como: praias, parques e fazendas. No momento da escolha pelo repelente, é fundamental que os pais optem por produtos aprovados pelo Ministério da Saúde ou pela Anvisa, pois assim serão garantidos a segurança e eficácia do produto.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os princípios ativos de repelentes recomendados são:

“Ressalto que bebês com até 6 meses de idade não devem fazer o uso de repelentes e nem entrarem em contato com ambientes protegidos com repelentes elétricos, a proteção contra os mosquitos deve ser realizada somente através de mosquiteiros, telas e roupas. Para os bebês de 6 meses a 2 anos, também recomendo que seja evitado o uso destes produtos, devendo ser utilizados somente em situações especiais e sempre sob orientações médicas” destaca a médica.

Recomendações importantes:

  • Não permitir que a criança durma ou permaneça com o repelente no corpo por período prolongado, este deve ser retirado com água e sabão;

  • Leia sempre as indicações e contraindicações do produto a fim de evitar complicações;

  • Não permita que a criança auto aplique o produto, evitando assim sua ingestão e sérias complicações, como a intoxicação;

  • Evite aplicar o produto próximo a boca, nariz, olhos ou em feridas;

  • Evite aplicar o produto sob roupas, uma vez que sua ação depende da evaporação, além disso, a oclusão com roupa pode favorecer o desenvolvimento de alergias

  • Utilize quantidade suficiente do produto (recomendada pelo fabricante) para a proteção de áreas expostas, evite sua aplicação por de baixo das roupas;

  • Sempre aplique o produto em intervalos recomendados pelo fabricante;

  • Tenha preferência por loções cremosas para as crianças, pois são mais seguras;

  • Estes produtos podem causar reações alérgicas, por este motivo devem ser utilizados sempre sob orientações médicas;

  • Os repelentes devem ser sempre os últimos produtos a serem aplicados, depois dos hidratantes ou filtro solares.

“Outras medidas complementares também devem ser adotadas para a proteção das crianças, como a utilização de telas em portas e janelas, a refrigeração do ambiente através de ventiladores e ar condicionado, a utilização de vestimentas claras, de preferência com mangas e calças compridas, a não aplicação de produtos com fragrância, e o cuidado com a limpeza e a dedetização do ambiente” reforça a Dra..

Consulte seu dermatologista para o esclarecimento de dúvidas!

Sobre a Dra. Samantha Talarico

Graduada pela faculdade de medicina de Santo Amaro com formação no Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, na Santa Casa do Rio de Janeiro. Realizou estágios em Dermatologia no Instituto de Doenças Tropicais do Amazonas e no Hospital Saint Louis, em Paris. Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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